A Arte da Crítica

Espero que a crítica seja sempre levada a sério porque, infelizmente neste país, raramente as nossas palavras são admitidas com a importância devida.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Carta a Jé Xocas

Amigo Xokas!
Tou a iscreber-te purque tamos no natal e quero agradxer o que fijestes pro mim no último ano. Fiquei dejempregado mas tu amandaste dar-me um xubxídio de 450 notas… fiquei tum contente que nim xabes; como num pude pagar ao banco as prestaxões da caja, olha, pujeram-me fora! O que me baleu foi a tua habitual amijade: conxeguiste queu biesse pra debaixo do biaduto Gonxalo Cristobom que foi a milhor coija que tibe inté oije. Oilha, teinho tudo: num apanho xuba, nem xol e teinho uma xanela cum cuco em xima pra me abijar da hora de me alebantar pra ir pra moiniche. É bom, munto bom, carago. Oilha, inda pru xima, como a xanela fica birada pra uma buate, nim queiras xaber, que bela bistinha eu teinho duranta a noite: quando as Carolinas comexam a xair, xempre bem acumpanhadas e a ruer xalgados cum copos de uísque na mon, nim queiras xaber os calores que me tomom, amigo. Lá o que fajem ou deixam de fajer, ixo cá pra mim nu mintesa nada. Tumbem quero agradexer o computador Magalhainhes que me deste. Xabes, andei nas nobas opurtunidades e fije o déximo xegundo ano; foi da maneira que aprendi a escreber mas, xabes que o raio do computador tá xeio de erros? Num é que quando cumexo a escreber xó me aparexem traxinhos bermelhos por debaicho das palabras? Ora, eu penxo que tu debias mandar arrainjar ixo purque, xegundo me dixeram, foste tu que o fijeste, ou pelo menos, ixo eu xei, andaste a bendêlo. Ora, xendo tu injenheiro, é o que dijem… xe és ou não, ixo nu mintesa nada, amanda corrijir ixo, tá bem amigo? É que aximm eu poxo continuar a escreber-te. Oilha, abijo-te pra teres cuidado com exe jornalista, um tal Mário, que tebe em Nobaiorque, purque anda a dijer munto mal de ti. Manda o gaijo pra xunto da Nelinha, pá! Num percas tempo, carago… oilha cu gaijo é prigojo! E pudias xuntar mais umas croas por baichas fraudulentas, é axim que xe diz, num é? Oilha, nexa palabra “fraudulenta” o computador num pôs traxo, eh eh eh… quando um gaijo escrebe mal ele num faz nada!
Benhe, amigo, inda ontes du natal bolto a escreber-te. Xabes que daqui da munha xanela eu beixo tudo e ouxo munta coixa, mas ixo nu mintesa nada.
Quando bens tumar um copo cumigo, pra lembrar o noxo tempo da iscola?
Um abraxo.
Jé Cuco.

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